Pesquisas em andamento

2022-atual: Ensaios cartográficos em um ateliê com matemática: Ensinar e aprender com crianças e com professoras-pesquisadoras

Descrição: Esta pesquisa tem como objetivo habitar e cartografar um plano de experimentação forjado em um ateliê que reúne em um mesmo espaço crianças com defasagem e dificuldades de aprendizagem, um grupo de professoras-pesquisadoras e a matemática. Para isso, vamos produzir e desenvolver oficinas com atividades que possibilitem colocar sobre a mesa conceitos matemáticos básicos e fundamentais que visam, de um lado, provocar e desafiar o pensar, assumindo a matemática e seus conceitos como elementos importantes no processo de construção de argumentos e estratégias, tomada de decisões e no desenvolvimento do raciocínio lógico e do pensamento visual. De outro, produzir realidades que serão traçadas no caminhar, participando do seu processo de construção e conhecendo-a junto aos movimentos do grupo. Tais oficinas acontecerão semanalmente em dois espaços distintos: uma Escola Pública Municipal de Florianópolis que irá reunir estudantes de 5°, 6° e 7° anos; e no Hospital Infantil Joana de Gusmão que irá envolver escolares que participam do Núcleo de Apoio ao Escolar – NAE e serão desenvolvidas por estudantes do curso de Licenciatura em Matemática e um grupo de pesquisadoras do GECEM – Grupo de Estudos Contemporâneos e Educação Matemática. A questão será investigar como as crianças, professores e pesquisadoras articulam saberes e fazeres em torno do ensino e da aprendizagem matemática. Como estratégia metodológica, apoiamo-nos na cartografia entendida como um método de pesquisa-intervenção que se constitui no movimento, no processo, a qual considera que o ato de conhecer se dá no próprio percurso da investigação. Como resultado produziremos ensaios em que serão cartografados os processos de subjetivação, o plano de forças e de afetação. OBJETIVO GERAL Habitar e cartografar um plano de experimentação forjado em um ateliê que reúne em um mesmo espaço crianças com defasagem e dificuldades de aprendizagem, um grupo de professoras-pesquisadoras e a matemática. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Elaborar atividades para compor as oficinas do Ateliê de Matemática; – Desenvolver as atividades nos espaços do Laboratório de matemática da escola e no espaço de aprendizagem do Hospital Infantil; – Registrar, à luz da cartografia, o que acontece nesses espaços quando reunimos crianças, professoras-pesquisadoras e matemática; – Produzir ensaios cartográficos a partir dos registros; – Tornar público o material através da produção de artigos científicos e da participação em eventos da área da Educação Matemática. 

2022-atual: Formas e De-formas no Olhar: Por uma Educação Matemática Fronteiriça e Criadora

Descrição: Este projeto parte de pesquisas anteriores na modalidade de produtividade em pesquisa, bem como de orientações de iniciação científica, mestrado e doutorado. Em particular, dos projetos em vigência, temos desenvolvido oficinas com arte para analisar e reconhecer tais oficinas como espaços de liberdade para experimentar matemática, inventar métodos de ensino e de pesquisa. Disto o que temos oferecido tem sido antes uma topologia da realidade, identificando um pensamento do novo, mas também da repetição, e não, necessariamente, uma análise filosófica de processos de repetição e re-invenção do pensamento. Daí decorre a proposição de estudar o problema sob o ponto de vista de conceitos tais como de barbárie de Walter Benjamin, e pensamento liminar, proveniente dos estudos pós-coloniais, particularmente com Walter Mignolo. Trata-se, portanto, de um trabalho conceitual e operatório que pretende analisar práticas artísticas, considerando obras de artes, focando no emprego de uma matemática que se processa de um lado como efeito de colonialidade do saber e, de outro, como forma potente de tradução. Assim, traduzindo as matérias originais advindas da arte, remete-se a um ensino de matemática que não restaura o idêntico, mas que leva à imersão do divergente, por meio da lembrança e signos. Com isso, então, o que se espera é propor uma educação matemática transformadora por meio de processos criativos do pensamento, em que a arte opera como elemento disparador de processos de aprendizagem.